A matemática do meu sistema
É unidirecional;
A lógica não faz sentido,
E, falo sério
Quando digo ser infinita
A saudade que sinto
Do que nunca provei;
Tenho mil equações sobre a mesa,
E nenhuma delas
É capaz de me resolver;
E, no final de tudo
Restam as lágrimas
Que nunca deixaram de rolar;
Lógicas, equações, matemática;
Qual o sentido?
O meu português é errado
E meu sentido
Ultrapassa as leis da física;
Tenho mil rosas nas mãos
E todas elas
Eram pra alguém que não as quis;
E daí? Dane-se!
A matemática do meu sentido
É atemporal;
E, falo sério
Quando digo ser imortal
A saudade que tenho
Do que nunca vivi.
o mundo é tão pequeno e, mesmo assim, estamos tão distantes.... por que?
Já se passaram dois minutos
Desde que me sentei aqui;
O mundo é um completo exagero!
Pessoas que nunca vi,
Passam sem dizer “oi”,
Sem perguntar “como vai?”,
E, assim, todos prosseguem
O seu frio caminho;
Agora, estou sentado observando...
Homens de bem que passam,
Um velho e seu guarda-chuva escuro,
Carros, barulho, trânsito,
Pessoas que se beijam,
Outro exagero!
Pessoas se consumindo no beijo,
Como se o outro
Fosse a ultima fonte
Para saciar a ferrenha sede;
Passou por mim a idéia de partir;
Contive-me;
Vejo, agora, as formigas...
Divinas trabalhadoras que não se importam
Com o caos urbano;
Seguem sua frágil jornada
Até que pés insanos as esmaguem;
O mundo, sim, é um completo exagero!
As pessoas vão e vem,
E fico eu aqui,
Vendo passar mais um minuto.
" não ,simplismente, existo... vivo minha existência"
Gustavo Henrique diniz dutra... (grande amigo)
" Sou intenso em cada momento, afinal, ele pode ser o ultimo"
M.L.
Postado por
marcio lelis
,
13:59
"Adoro os prazeres simples; eles são o ultimo refugio das pessoas complexas"
oscar wilde
A vida passa,
Eu passo;
Subo, disfarço,
Na roda gigante do tempo
Vou alto, vou baixo,
Paro no ponto,
No fim da jornada
Na caminhada interrompida,
No medo de errar;
Sobe, sobe, sobe caminho;
Desce, desce, desce destino;
Aonde vou por onde ando?
Por onde ando aonde vou?
Sobe vida com respiro;
Desce morte túnel de vento;
E minha poesia, que hoje é triste,
É roda gigante,
Sem eixo pra rodar.
