Postado por marcio lelis , quarta-feira, 15 de julho de 2009 20:22
Nada do que foi me será esquecido um dia. Sua presença foi tão necessária antes, como me é hoje. Todo aquele fervor, aquela paixão... Foi tudo mentira? Errei tanto em lhe dar o que me era tão precioso? Me perdoe os anos doados sem frescura, sem egoísmo, sem nenhuma ponta de ganância ou troca de favor.
O meu coração pequeno está posto à prova, como o filhote de águia, quando empurrado, pela mãe, para fora do ninho. O meu peito chora pela ausência. Onde está tudo que doei? Pra onde foi todo ouro que garimpei do mais intimo sentimento meu?
Me perdoe os beijos roubados; os arrepios provocados e os sonhos planejados à base de inocente sabedoria e paixão. Nada, enfim, do que foi me será esquecido um dia. Resta-me agora, por fim, a solidão... Castigo de quem sofre e o escuro... Final de quem perdeu a luz.