ao vento
Postado por marcio lelis , sexta-feira, 6 de agosto de 2010 14:34
Abro meus olhos meninos
Não tenho o que ver.
O que quero ver?
Que tanto importa ver se não quero?
Que tanto não quero que importe ver?
Ah, como eu queria fechar os olhos.
E não ter o que enxergar.
Não ter que enxergar no espelho da alma
Meu espírito caído e sujo.
Sei que sou capaz;
Um morto.
Um vivo morto em si próprio
Carne nua sem vida...
Quero enxergar a paz;
Paz...
Paz...
Paz...
O que quero ver
A poeira ao vento,
A triste ida do que era real...
Pó...
Ao vento...
Onde estou?
Que há comigo?
Dane-se o resto.